No mundo acelerado dos vídeos e áudios em velocidade 1,5 ou 2,0 e cheio de preocupações, já percebeu que é difícil prestarmos total atenção ao que estamos fazendo em cada momento? Antes mesmo de terminar uma atividade, já estamos pensando na próxima coisa a fazer ou avaliando a última. Em meio à correria do dia a dia, a prática do mindfulness pode te ajudar a diminuir o estresse, aumentar a produtividade e chegar à atenção plena.
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Bateu a curiosidade para saber como isso funciona? Segue aqui com a gente!
Afinal, o que é mindfulness?
O mindfulness é um estado de consciência dos próprios pensamentos, sensações e emoções diante dos diferentes acontecimentos da rotina. Traduzindo: é desligar o “piloto automático” e passar a fazer cada coisa com atenção, estando 100% presente ali.
Ou seja, a atenção plena é algo intencional. É preciso conectar ação e pensamento, sem prejulgamentos – que poderiam gerar ansiedade – e sem reações automáticas com base em situações anteriores.
Sabe quando você está conversando com alguém, respondendo “aham, sei”, mas na verdade está com a cabeça em outro lugar? Então, o objetivo do mindfulness é justamente evitar essa desatenção – que muitas vezes nos faz perder tempo, não é?
Para que serve o mindfulness?
Embora seja uma prática milenar, a atenção plena começou a ganhar destaque no final da década de 1970, com Jon Kabat-Zinn, que criou um programa de saúde com base no mindfulness, nos Estados Unidos.
Hoje, a técnica, que tem diferentes formatos, é usada por universidades, empresas e equipes esportivas. Entre os principais benefícios apontados estão a redução do estresse, melhora da qualidade do sono e do humor.
Benefícios do mindfulness
- Produtividade: as pessoas que praticam a atenção plena concentram-se mais nos detalhes das tarefas e, assim, acabam errando menos;
- Controle da ansiedade: ao direcionar o foco para o presente – no lugar das preocupações com o futuro –, o método ajuda a desenvolver serenidade;
- Concentração: diante dos desafios e situações de estresse, o mindfulness auxilia no relaxamento e a voltar o olhar para o que é mais importante;
- Desenvolvimento pessoal: a partir de um conhecimento mais profundo de si, das relações e das circunstâncias, contribui para a superação dos próprios limites;
- Foco no agora: princípio valorizado pela sabedoria oriental e ocidental, contribui para que cada momento seja vivido da melhor forma;
- Assertividade: traz clareza de ideias para tomada de decisão.
Mas, atenção: por mais que seja um bom complemento, essa prática não substitui outros tratamentos indicados por profissionais de saúde, certo?
Como praticar a atenção plena?
Um dos pontos positivos é que você não precisa dedicar muito tempo da sua rotina para isso – com 10 minutinhos, já dá para começar. Vamos conferir o passo a passo, então?
Respira e não pira
- Escolha um ambiente confortável e com poucas distrações – para isolar o barulho, também vale usar proteção para o ouvido;
- Sente-se (ou deite-se) de uma forma que não incomode. Se sentar, deixe a coluna reta, e as mãos apoiadas na perna, para evitar dores;
- Aos poucos, comece a voltar sua atenção para os movimentos do seu corpo durante a respiração, sentindo o abdômen e o tórax se mexerem;
- Aqui, a respiração deve ser a “âncora” da sua atenção. Sempre que surgir um pensamento ou sensação, é só voltar a focar nela, sem se prender àquilo;
- Quando acabar o tempo que você determinou (vale colocar um despertador ou timer para avisar), é só voltar a direcionar a atenção para todo o corpo, de forma gradual. Lembre-se de que você pode começar com apenas dez minutos por dia.
Viva o momento
Para levar o sentido do mindfulness para o resto do seu dia, dá para começar com os hábitos mais comuns, como arrumar o cabelo ou preparar uma refeição. E tem coisa mais rotineira do que fazer um cafezinho?
Sentir o cheiro dos grãos, ouvir o barulho da água fervendo e caindo sobre o café, sentir o vapor, saborear o primeiro gole, observar suas reações. Tudo isso pode te ajudar a manter a atenção plena no momento, servindo como “âncora”. Para as pessoas religiosas, esse momento de foco total pode ser também de oração ou meditação.
E aí, vamos começar?
No início, as técnicas de mindfulness podem parecer um pouco sem sentido e até deixar os principiantes entediados; é comum, inclusive, que às vezes caiam no sono. Porém, o importante é ter uma mente aberta e disposição para começar.
Para facilitar, você pode procurar meditações guiadas na internet, aulas em grupo online ou usar aplicativos com as orientações. E então, é só aproveitar o momento, relaxar e se conectar com si mesma.
Fontes:
news.harvard.edu/gazette/story/2018/04/less-stress-clearer-thoughts-with-mindfulness-meditation/
healthline.com/nutrition/12-benefits-of-meditation#12.-Accessible-anywhere
researchgate.net/publication/317225586_Mindfulness_Aplicado_a_Saude_Mindfulness_for_Health
my-healthline.com/a-beginners-guide-to-understanding-mindfulness/
healthline.com/health/mindfulness-tricks-to-reduce-anxiety#5.-Wish-other-people-happiness
nytimes.com/2017/02/01/well/mind/how-to-be-mindful-while-making-coffee.html
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