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Fibras, as maiores aliadas contra a constipação intestinal

Fibras, aliadas contra a constipação intestinal

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Não faltam evidências de que elas são as grandes associadas contra o mal que atinge cerca de 16% da população.

Também conhecida como prisão de ventre, a constipação intestinal é um dos males digestivos mais frequentes. “Estima-se que a prevalência seja superior a 16% na população em geral”, aponta Maria de Lourdes Teixeira da Silva, gastroenterologista e diretora do GANEP Nutrição Humana, em São Paulo.

Embora a definição seja bastante variável, alguns parâmetros – conhecidos como critérios ROMA [1] – são considerados. Dentro deles, vale destacar os seguintes: as evacuações ocorrem de duas a três vezes por semana, com extrema dificuldade, as fezes são duras, há sensação de que não houve esvaziamento completo e os sintomas persistem por mais de três meses.

Quanto aos desconfortos por trás do distúrbio, um dos mais descritos por pacientes é o mau humor. “Não à toa a palavra enfezado estar tão associada”, comenta a nutricionista Andréa Esquivel, da clínica CEDIG - Centro de Diagnósticos em Gastroenterologia, na capital paulista. “As dores e outras sensações desagradáveis interferem no comportamento, trazem mais irritabilidade, atrapalham a concentração e mexem até com a vida sexual”, enumera Andréa.

E não custa lembrar que o intestino produz serotonina, neurotransmissor que, entre muitas funções, promove bem-estar. Portanto, quando ele não funciona direito, os níveis dessa molécula acabam reduzidos.

Quem sofre com a prisão de ventre?

“Por questões hormonais, que interferem com o trânsito intestinal, as mulheres, em especial as gestantes, apresentam predisposição ao problema”, diz a proctologista Lucia Camara de Castro Oliveira, vice-diretora científica da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia. A médica salienta que, para piorar, muitas evitam utilizar vasos sanitários fora de casa, inibindo a evacuação. Quando essa atitude é corriqueira, ocorrem alterações fisiológicas que colaboram para o mal.

Entre os idosos, a constipação também é comum. Isso porque a musculatura do intestino costuma perder a elasticidade com o passar do tempo, alterando os movimentos responsáveis pela expulsão das fezes.

O uso de certas medicações, caso dos opioides, além de condições como a anorexia, a síndrome do intestino irritável, doenças neurológicas, hipotiroidismo e o câncer são exemplos de outros fatores que podem desencadear a constipação crônica. Daí a necessidade de uma criteriosa investigação clínica, bem como de exames de imagem e outras análises.

“A escassez de fibras [2] no cardápio diário é mais um importante motivo por trás do problema”, sinaliza Andréa Esquivel.

Bem-vindas, fibras!

Derivadas da parede celular e de outras estruturas dos vegetais, as fibras desempenham papel essencial ao bom funcionamento do intestino. Sem contar suas inúmeras funções no organismo como um todo. Elas atuam tanto de maneira preventiva[3] quanto no tratamento [4-5] da constipação. “Contribuem com a formação do bolo fecal, seu amolecimento, além de sua eliminação”, afirma Andréa. Não faltam evidências de atuação no trânsito intestinal e estímulo da contratilidade, o que movimenta a musculatura da região.

Maria de Lourdes destaca ainda que algumas fibras, de ação prebiótica, favorecem a produção de ácidos graxos de cadeia curta, caso do butírico, do lático e do propiônico, que zelam pela microbiota intestinal, resguardando a saúde do organismo.

Entre solúveis, insolúveis, fermentáveis ou não, especialistas apontam algumas das aliadas contra a prisão de ventre.

Betaglucana

Presente na aveia, entre outros alimentos, essa fibra solúvel colabora para amolecer o bolo fecal, facilitando a evacuação.

Celulose

Trata-se do principal componente da parede celular dos vegetais. Está presente em frutas, cereais e hortaliças e é insolúvel. Passa incólume pelas enzimas do sistema digestório, contribuindo para o trânsito intestinal.

Fruto-oligossacarídeos

Chamadas de FOS, essas fibras aparecem na cebola e na batata yacon e têm ação prebiótica. “Nosso grupo realizou um estudo [6] com simbióticos, ou seja, micro-organismos probióticos mais fruto-oligossacarídeos, em mulheres constipadas e notamos melhora da frequência e consistência das evacuações”, conta Maria de Lourdes.

Goma guar

Obtida de uma leguminosa, ela é do time das solúveis e colabora para a modulação da microbiota, já que é fermentada por micro-organismos, atuando, portanto, também como um prebiótico.

“Desde a década de 1990, a goma guar tem se mostrado eficiente na constipação, [7] diarreia e intestino irritável”, diz Maria de Lourdes.

Inulina

Classificada como fibra solúvel, uma de suas fontes mais conhecidas é a raiz da chicória. Entre seus feitos em prol do intestino destaca-se o de estimular o crescimento intestinal das bifidobactérias.

Lignina

Diferentemente de outras fibras, a lignina não é um polissacarídeo. Do grupo insolúvel, é pouco fermentável, mas também colabora para a motilidade intestinal. É encontrada no farelo de trigo.

Pectina

Abundante em frutas, como a maçã, é usada como espessante em receitas de geleia, por exemplo. No organismo humano, é fermentada no cólon e favorece o volume das fezes.

Polidextrose

Da família solúvel, ela pode ser extraída do trigo, de frutas, nozes, entre outros e, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, auxilia no funcionamento do intestino, desde que seu consumo esteja associado a uma alimentação equilibrada e ainda junto da ingestão de líquidos, principalmente água, além de outros hábitos de vida saudáveis.

O papel da suplementação

Embora existam diferentes tipos e haja variação de suas contribuições, todas as fibras trazem benefícios ao intestino. Como geralmente são caracterizadas pela solubilidade e pelo potencial de fermentação, é importante apostar em um mix na terapêutica da constipação crônica.

“Antes de indicar suplementos de fibras aos pacientes, é fundamental conhecê-los bem para escolher o mais adequado à situação”, pondera Lucia. Outro lembrete da proctologista é sobre a importância da boa hidratação. “Beber água é uma estratégia indispensável”, reforça.

“As fibras dietéticas ou suplementadas devem ser aumentadas gradualmente, num intervalo de duas semanas, até chegar à dose recomendada de, pelo menos, 25 gramas por dia para tratar a constipação leve ou moderada”, sugere Maria de Lourdes.

E Andréa Esquivel avisa que o intestino constipado leva um tempo para se normalizar. “Existe uma variação de acordo com a situação do paciente, mas, em média, são mais de 15 dias”, comenta a nutricionista, que atua na área há duas décadas.

Como dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) [8] revelam que a população brasileira não consome níveis adequados de fibras, ou seja, de 20 a 30 gramas diários, é fundamental que o profissional de saúde, especialmente o nutricionista, reforce o papel desse grupo de substâncias para a saúde.

FiberMais®

O suplemento alimentar de fibras da Neslté é feito a partir das fibras solúveis goma guar parcialmente hidrolisada e inulina. Estudos demonstram que as fibras solúveis colaboram para o combate à constipação ao favorecer a consistência do bolo fecal e atuar na melhoria do trânsito intestinal. Vale salientar que inulina e goma guar parcialmente hidrolisada são fibras prebióticas, que também colaboram para a modulação da microbiota intestinal .

A novidade na marca é o FiberMais® Geleia. Um suplemento alimentar de fibras que ajuda no funcionamento natural do intestino. Contém fibras de origem vegetal, polpa de ameixa e apenas açúcares naturalmente presentes nas frutas em sua composição. A recomendação diária deve ser avaliada de acordo com as necessidades do paciente.

Por Estúdio Abril Branded Content

Referências:

  1. Shih DQ, Kwan LY. All Roads Lead to Rome: Update on Rome III Criteria and New Treatment Options. The Gastroenterology Report. Disponível em: [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3085189/] .
  2. Forootan M, Bagheri N, Darvishi M. Chronic constipation – A review of literature. Medicine. Disponível em [https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5976340/]
  3. DukasL, Willett WC, Giovannucci EL. Association between physical activity, fiber intake, and other lifestyle variables and constipation in a study of women. The American Journal of Gastroenterology. Disponível em [https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002927003004428]
  4. Vitton V, Damon H, Benezech A et al. Clinical Practice Guidelines from the French National Society of Coloproctology in Treating Chronic Constipation. European Journal of Gastroenterology & Hepatology. Disponível em [https://journals.lww.com/eurojgh/Abstract/2018/04000/Clinical_practice_guidelines_from_the_French.1.aspx]
  5. Suares NC, Ford AC. Systematic review: the effects of fibre in the management of chronic idiopathic constipation. Alimentary Pharmacology & Therapeutics. Disponível em [https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1365-2036.2011.04602.x]
  6. Waitzberg DL, Logullo LC, Bittencourt AF, Torrinhas R, Shiroma GM, Paulino NP, Teixeira-da-Silva ML. Effect of Synbiotic in Constipated Adult Women – A Randomized, Double-Blind, Placebo-Controlled Study of Clinical Response. Clinical Nutrition. Disponível em [https://www.clinicalnutritionjournal.com/article/S0261-5614(12)00177-X/fulltext]
  7. Rao TP, Quartarone G. Role of guar fiber in improving digestive health and function. Nutrition. Disponível em [https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0899900718309031?via%3Dihub]
  8. Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, disponível em https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv50063.pdf

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