O processo de cicatrização é muito necessário para o nosso corpo, pois ele é responsável por fechar uma “porta de entrada” aberta por conta de um ferimento. Cicatrizar uma ferida significa evitar a passagem de microrganismos para dentro do corpo, evitando infecções.
Contudo, alguns processos de cicatrização ocorrem de maneira diferente do processo “normal”, em que quase nenhum relevo é percebido ao toque e sem grandes alterações. Você pode conferir nosso artigo sobre cicatrizes, enquanto neste artigo vamos explicar um pouco mais sobre a cicatriz hipertrófica em específico.
O que é uma cicatriz hipertrófica?
Quando nos ferimos, novas fibras colágenas (colágeno) são produzidas para cobrir a abertura. Porém, algumas pessoas apresentam um processo de cicatrização diferenciado, que produz uma quantidade anormal de colágeno – embora não ultrapassando a área ferida – e pode sofrer regressão (dentro de 1 a 2 anos), diminuindo sua textura elevada.
Esse tipo de cicatriz é a cicatriz hipertrófica, que pode ter características como:
- Textura elevada, áspera e rígida
- Aparência avermelhada
- Regressão do volume e da coloração após uma dada quantidade de tempo
Ela facilmente é confundida com a cicatriz do tipo quelóide, que é algo distinto.
Cicatriz hipertrófica X cicatriz queloidiana
A cicatriz queloidiana pode afetar pessoas com maior nível de melanina na pele – ou seja, com peles mais escuras, como os afrodescendentes, os asiáticos e os hispânicos. A quelóide ainda tem um fator genético relacionado, enquanto a cicatriz hipertrófica não é uma característica passada hereditariamente.
A cicatriz queloidiana também apresenta uma produção anormal de fibras colágenas, ultrapassando os limites do ferimento. A cicatriz não para de crescer e necessita de intervenções cirúrgicas para ser removida.
Já a cicatriz hipertrófica ainda pode ser mais comum na puberdade, podendo ser dolorosa e apresentar prurido em algumas ocasiões. Ela aparece cerca de duas semanas após a lesão.
Tratamento da cicatriz hipertrófica
Ela pode ser tratada de diferentes formas dependendo da gravidade, apesar de apresentar uma regressão de tamanho e de tonalidade:
1. Curativos compressivos
2. Uso de placas de silicone
3. Produtos tópicos – aplicados sobre a pele, como hidratantes
4. Injeções de corticóides
Em último caso, procedimentos cirúrgicos, junto com tratamentos que evitem o surgimento de novas cicatrizes, podem diminuir seus aspectos.
Como ela surge
A cicatriz hipertrófica pode surgir quando uma lesão sofre tensão, demora para ser coberta com novas fibras e/ou por causa de uma infecção. Para suavizar o processo cicatricial é importante higienizar bem as lesões, evitar a incidência solar na área afetada, evitar tocar e coçar, e manter o local hidratado.
A cicatriz hipertrófica também pode surgir após a realização de piercing, tatuagens, arranhões, perfurações e qualquer outro tipo de lesão.
Se você observou alterações significativas no seu processo de cicatrização, procure um dermatologista e sane suas dúvidas sobre o que pode ser. É importante se consultar com um profissional habilitado, para que você saiba como proceder nessas situações e se algum procedimento pode ser feito para amenizar os sintomas sentidos.
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Perguntas frequentes
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Como posso identificar uma cicatriz hipertrófica?
Você perceberá a cicatriz hipertrófica apenas pela sua textura elevada e cor avermelhada. Por isso, procure um dermatologista caso sua cicatriz esteja com uma textura diferenciada.
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Qual a diferença da cicatriz hipertrófica e a cicatriz atrófica?
Enquanto a cicatriz hipertrófica é caracterizada pela textura alta e rígida e vermelhidão, a cicatriz atrófica é caracterizada pela perda de tecido, podendo deixar uma depressão na pele – ela pode ser ocorrer depois de qualquer trauma com perda de tecidos (como acne, cirurgias, acidentes etc).
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A cicatriz hipertrófica aparece imediatamente?
Não, a cicatriz hipertrófica surge em cerca de 2 semanas.
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Referências
https://www.scielo.br/j/rbcp/a/S8td8JqfFxyPD6VymHR97RH/?lang=pt#
https://www.danielpinheiromachado.com.br/conheca-os-tipos-de-cicatrizes/
http://rbqueimaduras.org.br/details/67/pt-BR/alteracoes-no-processo-de-reparo-fisiologico/
https://www.mdsaude.com/dermatologia/queloide/
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