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Pés de uma mulher em cima de uma balança digital. A imagem representa os transtornos alimentares.

O que são transtornos alimentares e quando procurar um especialista?

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Atualizado em  novembro 2023

Todos os dias, novas regras para atingir o inalcançável padrão de beleza surgem e milhares de pressões sociais permeiam nossa cultura. E, em meio a constante busca pela perfeição, surgem problemas relacionados aos transtornos alimentares. 

Essa relação conturbada com a alimentação prejudica não apenas a saúde física do indivíduo, como a mental. Afinal, na maioria das vezes, está ligada diretamente ao estado emocional em que nos encontramos.

Para te ajudar a entender tudo sobre o assunto, preparamos um conteúdo completo sobre quais são os transtornos alimentares, como identificá-los e quais as formas de tratamento. Vem com o QBemQFaz!

O que são os transtornos alimentares?

O transtorno alimentar, também conhecido como distúrbio alimentar, é uma condição de saúde mental em que o indivíduo afetado cria hábitos alimentares irregulares devido ao seu estado emocional ou outras situações.

Normalmente essa instabilidade decorre de traumas desenvolvidos principalmente na adolescência, e atinge mais mulheres do que homens. 

Esses comportamentos alimentares estão relacionados a comer pouco ou em excesso, ter uma preocupação muito grande relacionada a peso e imagem, jejuns prolongados e comportamentos compensatórios. 

Quais são os transtornos alimentares mais comuns?

A lista é extensa, mas existem algumas formas mais comuns de transtornos alimentares como a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o Transtorno da Compulsão Alimentar. Conheça de forma mais aprofundada sobre cada um:

Anorexia nervosa

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar grave caracterizado por uma preocupação excessiva com o peso corporal, uma imagem corporal distorcida e um medo intenso de ganhar peso. 

Pessoas com anorexia nervosa têm uma tendência a restringir drasticamente a ingestão de alimentos, o que pode levar a um emagrecimento extremo, rápido e perigoso. Esse transtorno não está apenas relacionado à alimentação, mas também envolve aspectos emocionais, cognitivos e comportamentais.

Bulimia nervosa

A bulimia nervosa é classificada quando o paciente tem episódios compulsivos, seguidos de comportamentos compensatórios. Esses comportamentos variam entre: jejuns prolongados, exercícios físicos extenuantes, medicações diuréticas, laxantes, sibutramina, entre outros. 

Nesse caso também existe a distorção de imagem e sensação de culpa após os episódios compulsivos alimentares. Além disso, por conta dos descontroles, o sobrepeso é um resultado comum. 

Mas, reforçamos que o peso não deve ser o único critério avaliativo dos transtornos alimentares, combinado?

Compulsão alimentar

Já na compulsão alimentar, o paciente tem episódios compulsivos, porém, não são seguidos de comportamentos compensatórios. É relatado a sensação de perda de controle e culpa após as crises. 

Esse exagero alimentar, geralmente, acontece de forma escondida e solitária. Podendo ser mensurado como uma quantidade de comida que, usualmente, um indivíduo de mesmo peso, idade e sexo, não consumisse. 

Não possuem contextos como quando gostamos de um bolo de laranja, e repetimos. Os alimentos são variados, descontextualizados e consumidos descontroladamente, sem a percepção de fome e saciedade.

Quais são os sintomas mais comuns dos transtornos alimentares?

Assim como toda doença, os transtornos alimentares apresentam sintomas, mas nem sempre são fáceis de serem identificados. Alguns comportamentos emocionais relacionados aos distúrbios são:

  1. Fazer dietas abusivas: contar calorias, jejuar, pular refeições, evitar certos grupos de alimentos; 

  2. Compulsão alimentar: incluindo o acúmulo de alimentos ou o desaparecimento de alimentos; 

  3. Purgação: idas frequentes ao banheiro durante ou após comer; 

  4. Excesso de exercícios: continuar a se exercitar quando estiver doente ou com mau tempo; 

  5. Comer em particular: o paciente pode parar de comer com outras pessoas;

  6. Sensibilidade à imagem corporal: o indivíduo pode ser muito sensível a comentários sobre seu corpo e peso.

Já os comportamentos físicos, são:

  1. Alterações de peso: alterações de peso ou perda rápida de peso; 

  2. Ter um ciclo menstrual perturbado: perda ou interrupção dos períodos; 

  3. Tonturas: sensação de tontura ou desmaio

  4. Fadiga: constantemente sentindo-se cansado e não dormindo bem

  5. Calafrios: frio constante ou estar usando moletom mesmo em dias quentes.

Além dos sintomas acima, a obsessão com peso, aparência corporal ou comida, ansiedade no momento da refeição, imagem corporal distorcida e usar a comida como fonte de conforto ou autopunição são outros fatores derivados dos distúrbios.

Como diagnosticar os transtornos alimentares?

O diagnóstico desses transtornos são mais complexos de serem avaliados, por terem um caráter psicológico muito importante. Portanto, o primeiro passo é consultar um médico de confiança, que poderá encaminhá-lo para os serviços adequados.

Mas é importante saber que não há um teste único para fechar diagnóstico, e sim uma série de exigências, que incluem: exames físicos (frequência cardíaca, pressão arterial, peso, IMC e temperatura); exames de sangue e urina também podem ser recomendados para verificar sua saúde física.

E por último, mas não menos importante, uma avaliação psicológica, no qual o profissional de saúde mental pode conversar sobre sua alimentação e imagem corporal. 

Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser muito prejudiciais se não forem abordados. Por isso, caso um dos sintomas citados acima corresponda à sua realidade ou de alguém que você conheça, busque ajuda, combinado?

Tratamento dos transtornos alimentares

Assim como no diagnóstico, não existe uma abordagem única para o tratamento de transtornos alimentares. Afinal, cada um possui características específicas e muitas vezes, uma equipe de profissionais de saúde está envolvida em seu tratamento. 

Muitas vezes estão inclusos psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais e médicos. Entenda a função de cada um deles no processo:

Terapia ocupacional e psicologia

A psicoterapia compreende uma variedade de abordagens terapêuticas destinadas a promover a transformação de padrões de pensamento e o aprimoramento das habilidades de enfrentamento. Esse processo frequentemente requer consultas periódicas com um profissional da psicologia.

Nutricionista

O papel do nutricionista envolve a orientação na criação de padrões alimentares saudáveis e na adoção de comportamentos benéficos relacionados à alimentação. Além disso, eles avaliam o adequado suprimento de vitaminas e minerais ao paciente.

É importante destacar que não há medicação específica para o tratamento direto dos transtornos alimentares. Entretanto, em certos casos, medicamentos podem ser prescritos para abordar condições coexistentes, como depressão ou ansiedade.

Assistente social

Sua abordagem holística e foco nas necessidades emocionais, sociais e práticas dos indivíduos tornam sua contribuição valiosa. Algumas maneiras pelas quais a assistente social pode ajudar no processo de transtornos alimentares são: avaliação e apoio emocional, intervenção, encaminhamento e suporte familiar.

E saiba que a resposta ao tratamento é individual, e muitas vezes, não é linear. Mas, com o suporte profissional adequado, é possível render novos repertórios de comportamentos para deixar de lado o distúrbio e seguir com sua alimentação e autoestima de forma adequada!

Gostou do conteúdo e queria saber mais sobre alimentação, saúde e bem-estar? Acesse o QBemQfaz e leia artigos relacionados! 


Perguntas frequentes

O que é o transtorno alimentar?

Transtorno alimentar, também conhecido como distúrbio alimentar, é uma condição de saúde mental em que, o indivíduo afetado, cria hábitos alimentares irregulares devido ao seu estado emocional ou outras situações.

O que pode causar um transtorno alimentar?

Os transtornos alimentares são complexos e multifacetados, resultando da interação entre diversos fatores biológicos, psicológicos, sociais e culturais. 

Quantos tipos de doenças alimentares existem?

A lista é extensa, mas existem algumas formas mais comuns de transtornos alimentares como a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o Transtorno da Compulsão Alimentar. 

Como saber se uma pessoa tem transtorno alimentar?

Identificar um transtorno alimentar em alguém pode ser complexo, pois os sintomas variam e podem se sobrepor a outros problemas de saúde. Por isso, é recomendado que o indivíduo busque um médico para o diagnóstico.

Referências

Transtornos alimentares. Braz. J. Psychiatry, 2010.

Overview – Eating disorders. NHS, 2021.

Eating disorders - causes, types, symptoms and treatments. Healthdirect, 2022.

Lightheadedness. Healthdirect, 2022.

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