Sustentabilidade alimentar consiste justamente em considerar esse cenário como um todo e adotar práticas de menor impacto ambiental em cada uma das etapas envolvidas.
Uma alimentação sustentável engloba, portanto, uma produção mais responsável, respeitosa e regenerativa para as pessoas, a natureza e os animais. Além de um consumo final mais consciente e sem desperdício.
Isso para que todos possam comer bem e de forma saudável sem que os recursos sejam esgotados e o meio ambiente seja altamente prejudicado no processo.
Por que adotar uma alimentação sustentável?
A população está em crescimento constante, enquanto os recursos não renováveis estão cada vez mais escassos. Neste ritmo, pode ser que no futuro não seja possível produzir alimento suficiente para nutrir todas as pessoas adequadamente.
Assim como nas outras áreas que integram a sustentabilidade, repensar a alimentação e adotar medidas conscientes é importante para desacelerar o desequilíbrio dos sistemas naturais que hoje garantem nossa sobrevivência e bem-estar.
Ou seja, a sustentabilidade alimentar é necessária para combater as alterações climáticas, a escassez de recursos, a perda da biodiversidade e vários outros problemas que sobrecarregam o planeta e colocam a vida na Terra em risco.
Por isso, não basta adotar uma alimentação saudável no prato, é essencial cultivar hábitos alimentares sustentáveis do solo ao descarte, e fazer isso hoje. Mas, como?
5 dicas para aderir à causa da sustentabilidade alimentar
Confira algumas mudanças que você pode fazer e práticas simples que você pode adotar para tornar sua alimentação mais sustentável:
1. Reduza ao máximo o desperdício
O desperdício de alimentos é um dos maiores problemas ambientais da atualidade. Cerca de 30% dos alimentos produzidos são desperdiçados e isso gera consequências nada favoráveis para o planeta, como a emissão de gases de efeito estufa.
Portanto, reduzir o desperdício é uma das principais formas de aderir à sustentabilidade alimentar. Para isso, existem algumas medidas interessantes para você adotar:
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Compre, prepare e sirva apenas o necessário:
A melhor solução contra o desperdício é a consciência. Por isso, planejar suas compras e suas refeições é um passo essencial para uma alimentação saudável e sustentável.
Uma boa dica nesse sentido é comprar produtos avulsos (a granel), para levar a quantidade exata que você precisa. No prato, vale a mesma regra: servir só o que você for conseguir comer para evitar sobras em excesso.
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Aproveite os alimentos como um todo:
Faça o possível para utilizar todas as partes comestíveis de tudo o que você compra, incluindo talos, bagaços, cascas e sementes. O que não faltam são receitas criativas e baseadas no zero desperdício!
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Armazene corretamente:
O armazenamento adequado garante a qualidade e durabilidade dos alimentos. Então, não deixe de higienizar e guardar cada item das suas compras corretamente.
Além disso, pense em manter os alimentos perecíveis à vista, para que não sejam esquecidos e acabem estragando antes do consumo.
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Congele as sobras e itens frescos:
Não vai conseguir comer antes do prazo de validade do alimento vencer? Congele! Isso vale para frutas e outros alimentos frescos, sobras de refeições que podem ser reaproveitadas e preparos feitos em grande quantidade.
Veja dicas sobre como congelar alimentos corretamente.
2. Prefira alimentos locais e sazonais
Escolher alimentos locais e sazonais não apenas apoia a economia local, mas também traz benefícios ambientais significativos.
Comprando produtos locais, por exemplo, você ajuda a reduzir a pegada de carbono associada ao transporte de longa distância.
Já ao consumir os alimentos “da época”, você contribui para a diminuição do uso de insumos, como energia, água e fertilizantes, o que torna a produção mais sustentável.
Além disso, os alimentos sazonais geralmente são mais frescos e saborosos, e saem mais baratos. Ou seja, são perfeitos para enriquecer as suas receitas e experiências gastronômicas!
3. Repense sua dieta
O que comemos tem relação direta com a sustentabilidade alimentar. A produção de carne e laticínios, por exemplo, é uma das principais fontes de emissões de gases de efeito estufa e desmatamento.
Além disso, a pecuária contribui significativamente para a erosão do solo, a contaminação da água, a escassez hídrica e a extinção de habitats e espécies.
Por outro lado, reduzindo o consumo de produtos de origem animal é possível gerar uma economia de 60 litros de água por pessoa, por dia, e impedir que 11kg de CO2 sejam emitidos na atmosfera.
Não é preciso ser expert em matemática para saber que, se cada um se comprometer com uma pequena mudança, é possível fazer muito pelo nosso planeta e o futuro de todos.
E essa é apenas uma das áreas que podem ser repensadas. Por isso, considere:
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Incluir mais plantas no cardápio:
Ao priorizar alimentos à base de plantas, você ajuda a reduzir a pegada de carbono, preservar recursos naturais e equilibrar nosso sistema alimentar. Além de ser uma oportunidade de nutrir melhor seu corpo e descobrir novas receitas e sabores!
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Variar suas escolhas:
Sabia que 75% do abastecimento alimentar mundial é baseado em apenas 12 plantas e 5 espécies de animais? Essa falta de variedade no consumo e nas culturas prejudica a nutrição das pessoas e o meio ambiente.
Ao adotar uma alimentação mais variada, você ajuda a equilibrar esse cenário.
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Diminuir o consumo de alimentos processados:
Alimentos processados e ultraprocessados geralmente geram uma quantidade significativa de resíduos e consomem muita água e energia durante o processo de fabricação. Por isso, vale a pena repensar essa escolha para ter uma alimentação mais sustentável.
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Consumir alimentos orgânicos:
Além de não conterem agrotóxicos, os alimentos orgânicos tendem a ser produzidos em menor escala e com práticas mais sustentáveis. Sem contar que são mais saudáveis e gostosos!
4. Considere o processo produtivo
Além de suas escolhas alimentares, leve em consideração como os produtos são produzidos. Valorize cadeias alimentares que promovem práticas responsáveis e procure produtos com selos e certificações ligadas à sustentabilidade.
Sempre que possível, compre in natura e direto do produtor. Outra ideia superinteressante é cultivar suas hortaliças e vegetais favoritos em casa. Assim, você tem alimentos frescos, livres de químicos e com o mínimo de impacto, no melhor estilo da horta para a mesa.
5. Leve em conta as embalagens
O plástico demanda vários recursos e gera um grande volume de resíduos em sua produção. Ele também demora centenas de anos para se decompor e é extremamente prejudicial ao ambiente.
Pensando nisso, vale zerar ou, ao menos, reduzir o consumo de embalagens de plástico descartável. Opte por produtos que tenham embalagens sustentáveis, adote uma sacola retornável para ir à feira e ao mercado, e, sempre que possível, recuse, reutilize e recicle.
Ao adotar essas dicas em seu dia a dia, você estará contribuindo significativamente para a promoção da sustentabilidade alimentar!
Além de mudar os seus próprios hábitos, outro passo que faz toda a diferença é educar os pequenos desde cedo a fazer escolhas saudáveis e conscientes. Pensando nisso, confira um guia de como educar seus filhos de forma sustentável.
Perguntas frequentes
O que é sustentabilidade na alimentação?
Sustentabilidade na alimentação é adotar práticas alimentares que sejam ecologicamente saudáveis, socialmente justas e economicamente viáveis a curto e longo prazo. Sustentabilidade alimentar significa pensar não apenas no que comemos, mas nos processos e impactos que acompanham essa escolha.
Qual a importância da sustentabilidade alimentar?
Adotar práticas alimentares sustentáveis é importante para a preservação dos recursos naturais, do bem-estar animal e da segurança e qualidade alimentar das pessoas. Sustentabilidade alimentar é uma questão crucial para a manutenção da vida e do planeta, no presente e no futuro.
Qual é a relação entre alimentação e sustentabilidade?
Alimentação e sustentabilidade estão intimamente ligadas. Toda a produção e o consumo alimentar geram impactos ambientais; e as condições ambientais, por sua vez, determinam os recursos disponíveis e as opções dentro da alimentação.
Referências
Impactos da pecuária no Brasil e no mundo. Sociedade Vegana Brasileira, 2017.
Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN). Ministério da Saúde, 2013.
Guia alimentar para a população brasileira. Ministério da Saúde, 2014.
Alimentação e sustentabilidade. Scielo, 2017.
Use sua voz por uma alimentação sustentável. WWF, 2021.
O QbemQfaz é um portal de conteúdos sobre saúde, nutrição, bem-estar e alimentação saudável da Nestlé. Os conteúdos desse site têm caráter informativo e não substituem o aconselhamento e acompanhamento médico, nutricional e de outros profissionais de saúde.
