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Garrafa de vidro com óleo sendo derramado em um prato branco com uma planta atrás

Óleo de cozinha: tipos, usos e benefícios

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Garrafa de vidro com óleo sendo derramado em um prato branco com uma planta atrás
Atualizado em  novembro 2023

Ao chegar às gôndolas do mercado, damos de cara com inúmeras opções de óleo de cozinha – de soja, milho, coco, canola, azeite de oliva, linhaça e até uns mais diferentões, como de algodão e palma. Sabemos que as cores são diferentes, os preços também variam, mas no que se refere às propriedades e usos na cozinha, poucos de nós somos capazes de diferenciá-los. Para te ajudar a fazer a melhor escolha para suas receitas e sua saúde, vamos te apresentar os principais óleos de cozinha e quais são os usos e benefícios que eles podem oferecer. Confira!

 

Óleo de cozinha: funções na saúde e nas receitas

Juntamente com os outros macronutrientes (proteínas, água e carboidratos), a gordura é indispensável para a manutenção de diversas funções do organismo. Entre elas: fornecer energia, absorver as vitaminas A, B, E e K, auxiliar na produção de hormônios e contribuir para o funcionamento do cérebro. Mas, além de estar encarregada desses trabalhos fisiológicos, a gordura é indispensável para intensificar o sabor aos alimentos – é por isso que os fast-foods e comidinhas mais gordurosas, como a feijoada, são uma explosão de sabor.

Contudo, apesar de ter papéis indispensáveis na saúde e no preparo de alimentos, em excesso, a gordura pode provocar o surgimento de diversas doenças, tais como: obesidade, colesterol alto e diabetes tipo 2. Por isso, é indispensável aliar o macronutriente a uma dieta equilibrada.

 

Óleo de cozinha: principais tipos e benefícios

Óleo de coco

O óleo de coco se tornou muito conhecido nos últimos anos, depois de ter se popularizado no mundo fitness – acreditava-se que ele era uma alternativa mais saudável para o tradicional óleo de soja. Parte dos benefícios creditados ao óleo de coco foram apontados em uma pesquisa realizada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a qual apontou que os 113 pacientes cardíacos acompanhados, que passaram a consumir 13 mililitros de óleo de coco na dieta, obtiveram diminuição da circunferência abdominal, redução de peso e aumento do colesterol HDL, conhecido como colesterol bom.

Mas nem tudo são flores! O estudo destacou que, em contrapartida, o colesterol LDL também aumentou. Esse tipo de colesterol está associado ao aparecimento de diversas doenças cardiovasculares, como AVC (Acidente Vascular Cerebral), pressão alta e infarto. Com isso, não queremos dizer nem que esse óleo de cozinha seja ruim, nem que possa fazer milagres pela alimentação – apenas que é preciso evitar os exageros na hora de consumi-lo. A recomendação de uma das orientadoras da pesquisa é evitar tomá-lo de colher ou em cápsulas, sendo ideal utilizar o óleo de coco integrado a receitas.

Óleo de soja

O óleo de soja talvez seja o mais famoso dessa lista – e não poderia ser para menos! O Brasil é o maior produtor do alimento no mundo. Apesar de ser constantemente apontado como um dos grandes inimigos da saúde, esse óleo de cozinha é composto por ácidos graxos poli-insaturados, que são um tipo de gordura que faz bem para o coração – quem diria, não é? Além disso, o alimento é rico em ômega 3 e 6, componentes associados à saúde cerebral e cardiovascular.

Entretanto, esses benefícios não desculpam exageros na hora de cozinhar – nem com esse óleo, nem com os demais –, visto que todos os tipos de gordura, em excesso, podem provocar problemas de saúde. Segundo o Guia Alimentar da População Brasileira, a quantidade ideal é 1 colher de sopa por dia. Por ser um tipo de gordura que aguenta altas temperaturas, o óleo de soja é recomendado para cozimentos em geral e eventuais frituras.

Óleo de canola

E se te contarmos que o óleo de canola não é feito de canola?! E, pior ainda: sequer existe uma planta chamada canola! Pois é, esse óleo de cozinha é produzido a partir de uma outra matéria-prima vegetal: uma planta chamada “colza”. O alimento foi criado em laboratório na tentativa de produzir um óleo que fosse abundante em ômega 3. Como a colza possui em sua composição uma substância tóxica chamada “ácido erúcico", foi necessário realizar uma modificação genética para diminuir seus índices a níveis irrisórios e preservar as propriedades positivas.

O resultado foi um óleo rico em ômega 3 – que, como vimos, contribui para a saúde do coração e do cérebro –, gorduras monoinsaturadas e poli-insaturadas, que auxiliam no controle do colesterol LDL, É claro que, como todos os demais dessa lista, é indispensável consumir o alimento sem exageros.

Óleo de girassol

O óleo de girassol é obtido a partir da prensagem a frio da semente do girassol. Por não ser submetido a altas temperaturas durante o processo de extração, esse óleo de cozinha conserva boa parte de suas propriedades, sendo rico em antioxidantes, que contribuem para a proteção das células contra os radicais livres (moléculas responsáveis pelo envelhecimento precoce), vitamina E e ômegas 3, 6 e 9. Como vimos, os ômegas 3 e 6 têm um papel importante na proteção do cérebro e do coração, para o controle do colesterol LDL. Com a adição do 9, acrescenta-se à conta a produção de hormônios sexuais.

Inclusive, em comparação ao óleo de coco, uma pesquisa realizada pela Provident Clinical Research, nos Estados Unidos, demonstrou que o óleo de cozinha feito à base de milho teve um desempenho melhor do que o óleo de coco na redução do colesterol LDL. Ele não costuma ser recomendado para frituras e outros preparos que o exponham à altas temperaturas. De modo geral, o óleo de milho é utilizado no preparo de grelhados e assados.

Azeite de oliva

Por fim, o azeite de oliva, que é o queridinho de muitos profissionais de saúde e nutrição. A boa fama desse óleo de cozinha se deve à grande quantidade de gorduras monoinsaturadas presentes em sua composição e à pobreza em gorduras saturadas. Esse desbalanço favorece muito o controle dos níveis de colesterol na corrente sanguínea. Além disso, o azeite obtido pela prensa da azeitona é abundante em polifenóis, componentes antioxidantes que, como vimos, beneficiam a saúde das células.

A recomendação para o uso do azeite de oliva – além da moderação, é claro – é utilizá-lo em temperatura ambiente, pois, ao ser aquecido, alguns de seus elementos podem ser degradados, como é o caso dos polifenóis. Ele é ideal para temperar carnes, saladas e dar aquele toque final aos preparos, na consagrada forma do fio de azeite.

Consumindo os óleos de cozinha sem exageros, você poderá obter os melhores benefícios da gordura para a sua saúde e suas receitas. Se quiser conhecer algumas sugestões de preparos saudáveis e outras dicas para viver melhor, não deixe de conhecer as demais publicações aqui no Que Bem que Faz!


Perguntas frequentes

  • Reutilizar óleo de cozinha faz mal para a saúde?

    Não é recomendado reutilizar o óleo de frituras para preparar outras receitas. Isso se deve à exposição do alimento ao calor, que destrói algumas substâncias e constrói outras, que podem não ser benéficas para a saúde. No caso de frituras repetidas, a recomendação é não utilizar o óleo de cozinha mais do que duas vezes.

  • Como saber quando o óleo de cozinha precisa ser trocado?

    Formação de fumaça ou espuma durante a fritura, escurecimento intenso da coloração e alterações no cheiro e no sabor são alguns indícios de que o óleo de fritura precisa ser substituído. Esses sinais variam de acordo com o óleo escolhido e o alimento preparado.

  • Onde descartar o óleo de cozinha?

    Eles devem ser enviados para coleta seletiva. Para isso, guarde-os em um recipiente com tampa, como uma garrafa PET ou pote de vidro.

Fontes

https://ices.ufrj.br/images/Dissertao_PRONTA_13_1_14_PB%20Diuli%20Alves.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_bolso2.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_alimentar_populacao_brasileira_2ed.pdf https://www.scielo.br/j/abc/a/Yt5zyLkkfG8ms6rKcJ7TNWc/?lang=pt

https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/17413

https://www.scielo.br/j/rmat/a/stsPLsHvy7Yym7ch7NdjPdg/?lang=pt https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30204921/

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