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Tábua de madeira com tigelas pequenas em cima, cheias de uma variedade de sementes. Em volta, estão legumes diversos, como cenoura e aspargos. A imagem representa o que é lectina.

Tudo o que você precisa saber sobre a lectina

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Atualizado em  dezembro 2023

As lectinas têm se tornado um tópico cada vez mais relevante quando o assunto é alimentação e saúde. Elas vêm sendo apontadas como possíveis vilãs por trás da obesidade, inflamações crônicas e doenças autoimunes. Mas afinal, o que é lectina?

Para te explicar tudo sobre essa proteína, preparamos um conteúdo completo, desde sua definição até os benefícios na saúde. Então, vem com o QBemQFaz!


O que é lectina?

As lectinas constituem um grupo diversificado de proteínas presentes em diversos alimentos, incluindo legumes, grãos, vegetais e até mesmo, em certos laticínios e produtos processados.

Essas proteínas têm a capacidade única de se ligar a carboidratos específicos nas superfícies das células. Sua função biológica varia, mas uma de suas principais tarefas é servir como defesa das plantas contra predadores.


Lectinas na alimentação

Inúmeros alimentos comuns contêm lectinas, tanto de origem vegetal quanto animal. Alguns exemplos de alimentos ricos em lectinas incluem:

É crucial ressaltar que, embora as lectinas estejam presentes em diversos alimentos, nem todas representam a mesma função à saúde humana. O modo como essas proteínas são processadas e preparadas pode influenciar consideravelmente seu impacto no organismo.

Lectinas e sua relação com a saúde humana

A relação entre lectinas e saúde humana é complexa e multifacetada. Alguns estudos indicam que as lectinas podem oferecer benefícios à saúde, tais como melhorar a comunicação celular e atuar como antioxidantes.

No entanto, também existem preocupações quanto às possíveis reações adversas. Estudos realizados com animais revelam que as lectinas ativas podem interferir na absorção de minerais, especialmente cálcio, ferro, fósforo e zinco.

Como leguminosas e grãos frequentemente fornecem esses minerais, a presença simultânea de lectinas pode obstruir sua absorção e utilização pelo organismo.

Além disso, elas podem aderir às células que revestem o trato digestivo, resultando na perturbação da degradação e absorção de nutrientes, afetando o crescimento e a atividade da flora intestinal.

Devido à capacidade dessas proteínas em manter sua ligação com as células por longos períodos, teoricamente, elas poderiam desencadear respostas autoimunes e possivelmente desempenhar um papel em condições inflamatórias, como a artrite reumatoide e a diabetes tipo 1.

5 possíveis benefícios das lectinas na saúde

Agora que você já sabe melhor o que é lectina, descubra quais são as vantagens de consumi-la em sua rotina alimentar!

1. Comunicação celular

As lectinas desempenham um papel fundamental na comunicação celular, auxiliando as células a reconhecerem e se ligarem umas às outras, essencial para processos como o desenvolvimento embrionário e a resposta imunológica.

2. Potencial antioxidante

Alguns estudos sugerem que certas lectinas podem atuar como antioxidantes, ajudando a combater os radicais livres e a reduzir o estresse oxidativo no corpo.

3. Regulação do açúcar no sangue

As lectinas também podem desacelerar a digestão e absorção de carboidratos, o que pode prevenir picos acentuados de açúcar no sangue e níveis elevados de insulina.

4. Estímulo ao crescimento celular intestinal

Evidências mostram que o uso de pequenas quantidades de lectina estimulam o crescimento de células intestinais, podendo ser benéfico para pacientes que não conseguem se alimentar por longos períodos e em tratamentos contra o câncer - devido à capacidade das lectinas de destruir células cancerígenas.

5. Benefícios para a saúde cardiovascular e controle de peso

O consumo de alimentos que contêm lectina, como legumes, grãos integrais e nozes, demonstraram ligação com baixa incidência de doenças cardiovasculares, perda de peso e diabetes tipo 2.

Esses alimentos são ricos em vitaminas B, proteínas, fibras e minerais, além de fornecerem gorduras saudáveis. Dessa forma, os benefícios para a saúde derivados do consumo desses ingredientes superam em muito os potenciais danos das lectinas neles presentes.

Preocupações relacionadas às lectinas

Ainda não se sabe com exatidão como as lectinas atuam no organismo humano quando ingeridas. No entanto, é possível afirmar que o consumo moderado de lectinas não causa nenhum problema à saúde, e a exclusão de alimentos da dieta geralmente não é aconselhada.

Por isso, é importante estar ciente de que o consumo desses alimentos em abundância pode resultar em repercussões nutricionais indesejadas, ter efeitos tóxicos e afetar o metabolismo de algumas pessoas. Equilíbrio é a palavra-chave!

Reações imunológicas

Algumas pessoas podem experienciar reações imunológicas adversas às lectinas, manifestando sintomas como dor abdominal, inchaço, diarreia e, em raros casos, reações alérgicas graves.

Influência na absorção de nutrientes

Em concentrações elevadas, as lectinas podem interferir na absorção de nutrientes como o ferro e o cálcio, potencialmente levando a deficiências nutricionais a longo prazo.

Toxicidade

Algumas fontes de lectinas são consideradas gravemente tóxicas. Um dos exemplos é a mamona, que contém uma poderosa lectina venenosa chamada ricina e pode causar sérios danos a órgãos, provocando até mesmo a morte.

Danos ao sistema digestivo

Certos tipos de lectina podem aderir às paredes do trato digestivo, provocando problemas sérios, como inchaço abdominal, dores intensas, vômitos e diarreia.

Estratégias para reduzir os níveis de lectinas nos alimentos

Se você tem preocupações quanto aos efeitos das lectinas em sua dieta, existem algumas estratégias de preparo de alimentos que podem ajudar a reduzir seus níveis. Veja!

Cozinhar

O cozimento adequado pode degradar muitas das lectinas presentes nos alimentos, tornando os alimentos cozidos uma opção mais segura em comparação aos alimentos crus.

Molho

Deixar os legumes de molho antes do cozimento pode contribuir para a redução do teor de lectina. Trocar a água do molho algumas vezes, como no feijão, pode ser eficaz.

Fermentação

Alguns alimentos fermentados, como o missô e o tempê, apresentam níveis mais baixos de lectina devido ao processo de fermentação.

Os efeitos da lectina são comprovados cientificamente?

A pesquisa acerca das lectinas e seus efeitos na saúde humana continua em andamento. Por isso, é importante destacar que as respostas individuais às lectinas podem variar, de modo que o que funciona para uma pessoa pode não ser aplicável a outra.

Caso você possua preocupações específicas sobre as lectinas em sua dieta, é aconselhável buscar a orientação de nutricionista, certo?

Gostou do conteúdo e queria saber mais sobre alimentação, saúde e bem-estar? Acesse o QBemQfaz e leia artigos relacionados!

Perguntas frequentes sobre lectina

O que a lectina faz no organismo?

No organismo humano, as lectinas podem interagir com as células corporais, influenciando a absorção de nutrientes e potencialmente desencadeando respostas autoimunes e inflamatórias.

Quais são os alimentos que contêm lectina?

Alimentos ricos em lectinas incluem legumes, grãos, vegetais, laticínios (especialmente produtos com caseína A1) e alimentos processados. Entre eles, estão: feijão, tomate, amendoim, quinoa e milho.

Como eliminar a lectina do corpo?

Eliminar completamente as lectinas do corpo é uma tarefa difícil, uma vez que elas estão presentes em muitos alimentos. No entanto, estratégias como o cozimento adequado e o molho podem ajudar a reduzir seus níveis.

Como se proteger da lectina?

Para se proteger dos potenciais efeitos negativos das lectinas, é aconselhável adotar práticas adequadas de preparo de alimentos, como o cozimento e o molho, além de manter uma dieta equilibrada e consultar um profissional de saúde, se necessário.

Referências

Lectins | The Nutrition Source, Harvard T.H. Chan School of Public Health

Worst Foods High in Lectins, WebMD

Everything You Need to Know About Dietary Lectins, HealthLine

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