Dependendo da localidade do país onde você se encontra, o alimento que ilustra o artigo de hoje pode ganhar nomes bastante diferentes. Você pode até pensar que isso é comum, afinal, a mandioca pode ser chamada também de aipim ou macaxeira de acordo com os costumes de cada região. Entretanto, quando o assunto é a mandioquinha, um detalhe importante faz com que a troca de nomes seja mais interessante: em algumas partes do país, o que conhecemos como “mandioquinha” pode ser chamada de “cenoura” ou até “batata”.
Pois é! A mandioquinha também é conhecida como mandioquinha salsa, batata-baroa, batata salsa, batata aipo, batata fiuza, aipim branco e cenoura amarela. Independente de qual denominação é adotada em sua região, há duas coisas que são inquestionáveis sobre esse alimento: os benefícios que oferece à saúde e sua versatilidade na cozinha. Quer entender mais sobre esses tópicos? Então, fique com a gente até o final do artigo!
Mandioquinha e mandioca: qual é a diferença?
Por terem nomes muito parecidos, a mandioca e a mandioquinha podem ser facilmente confundidas pelos aspirantes a cozinheiros. Mas quem já possui alguma experiência na cozinha, somente pelo aspecto já é capaz de diferenciar os dois ingredientes: enquanto a mandioca é mais rígida e possui uma casca firme e áspera, a mandioquinha é mais macia e amarelada. Mas as diferenças não param apenas no aspecto, pois as duas raízes possuem diferentes teores de água em sua composição:
- A mandioca possui 68,2% de água em sua composição;
- Já a mandioquinha é mais aquosa, com 76,7%.
Além disso, os dois alimentos são diferentes em valor nutricional:
- 100 gramas de mandioca são capazes de oferecer 125 quilocalorias, 30,1 gramas de carboidrato e 0,6 gramas de proteína;
- Enquanto isso, consumindo 100 gramas de mandioquinha, você pode obter 80 quilocalorias, 18,9 gramas de carboidrato e 0,9 gramas de proteína.
Quais são os benefícios da mandioquinha?
É rica em vitamina A, B1 e C
As vitaminas são nutrientes essenciais, que geralmente não são produzidos pelo corpo humano. Por isso, é indispensável caprichar na variedade e coloração dos alimentos para garantir o acesso a uma grande diversidade de substâncias importantes para a saúde. No caso da mandioquinha, ela oferece, principalmente, três vitaminas essenciais: a vitamina A, a vitamina B1 e a vitamina C. Entenda a importância de cada uma delas abaixo:
Vitamina A
Essa vitamina é importantíssima para a manutenção da visão, pois ajuda a manter as córneas (películas transparentes que ficam na parte da frente do olho) claras. Esse efeito é possível porque a vitamina A participa da composição de substâncias que são necessárias para a visão, como a rodopsina. Além disso, a vitamina A também possui função antioxidante, que ajuda a proteger as células contra o envelhecimento precoce.
Vitamina B1
A vitamina B1, também conhecida como tiamina, é essencial para o metabolismo dos hidratos de carbono. Isso quer dizer que ela ativa enzimas que controlam processos de transformação da glicose ingerida em energia. A deficiência desse nutriente pode levar a alterações no humor, insônia, fadiga, perda de apetite e, em casos mais graves, sensação de formigamento e dificuldades respiratórias.
Vitamina C
A vitamina C é muito conhecida por sua presença em frutas cítricas, como a laranja e o limão. Mas não é apenas nesses alimentos que ela pode ser encontrada! Esse nutriente também está presente em diversos outros vegetais, como a mandioquinha. Entre as diversas funções da vitamina C estão:
- Fortalecimento da imunidade: o nutriente aumenta a produção de leucócitos (glóbulos brancos), que atuam como defesas do organismo contra possíveis ameaças (vírus e bactérias nocivas);
- Ação antioxidante: por amenizar a ação dos radicais livres, a vitamina C pode ser uma grande aliada para a proteção da pele e prevenção do envelhecimento precoce;
- Melhora na absorção de ferro: a vitamina C facilita a absorção do ferro obtido em alimentos de origem vegetal.
Fornece fibras solúveis ao organismo
As fibras solúveis são um tipo de fibra que pode ser encontrada em frutas, vegetais e legumes, como a mandioquinha. Quando chegam ao estômago, elas se dissolvem em água, formando uma espécie de gel viscoso que não é digerido pelo intestino delgado. O resultado disso é que as fibras solúveis retardam o esvaziamento gástrico, prolongando a sensação de saciedade por mais tempo.
Além disso, elas são facilmente fermentadas no estômago, o que favorece a proliferação de bactérias boas para o intestino. O consumo das fibras ainda ajuda a melhorar o trânsito intestinal – diminuindo episódios de diarreia e constipação – e a retardar a absorção de glicose, evitando os perigosos picos de açúcar no sangue.
É fonte de energia
A mandioquinha é fonte de carboidratos complexos – componentes essenciais para a produção de energia, aliada a fibras e outros nutrientes. Entenda abaixo a diferença entre os carboidratos complexos e os simples:
- Carboidratos simples: são aqueles encontrados em doces, refrigerantes, farinha branca e grãos refinados. Esse tipo de carboidrato é de rápida absorção e, em excesso, costumam estar associados a casos de diabetes tipo 2 e obesidade;
- Carboidratos complexos: podem ser encontrados em alimentos integrais, que contêm mais fibras e variedade de nutrientes. Por serem absorvidos mais lentamente pelo corpo, eles prolongam a sensação de saciedade e permitem que o organismo processe melhor os nutrientes ingeridos.
Você se lembra da batata-doce, que é muito utilizada por atletas como fonte de energia antes do treino? Então, ela também é rica em carboidratos complexos. Para os praticantes de atividade física que não curtem muito essa raíz, substituí-la pela mandioquinha é uma ótima forma de se alimentar no pré-treino e garantir uma boa performance.
Mas os esportistas não são os únicos que podem se beneficiar com uma dose extra de energia! A mandioquinha é uma ótima alternativa para complementar com muito mais energia e disposição a dieta de todos. Caso queira incluir esse ingrediente à sua alimentação, não se esqueça de procurar a orientação de seu nutricionista. Assim, você poderá aproveitar todos os benefícios da mandioquinha da melhor forma possível!
E se você quiser conhecer mais dicas para viver com muito mais saúde e disposição, não deixe de dar uma passadinha nas demais publicações aqui no Que Bem que Faz!
Perguntas frequentes
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Quais receitas podem ser feitas com mandioquinha?
O ingrediente pode ser utilizado tanto para preparar tanto o clássico purê de mandioquinha, quanto outras receitas diferentes, como pães, massas (nhoque) e escondidinho.
Pode comer mandioquinha todos os dias?
Desde que incluída em uma alimentação variada e equilibrada, o ingrediente pode fazer parte do cardápio diário. Caso queira entender como isso pode ser feito na sua dieta, não deixe de procurar a ajuda de um nutricionista.
Pode comer a casca da mandioquinha?
Sim! A casca do alimento não precisa ser retirada para o consumo. Na verdade, a casca dos alimentos costuma oferecer uma ótima quantidade de fibras, vitaminas e minerais importantes para a saúde.
Fontes
http://minas1.ceasa.mg.gov.br/ceasainternet/_lib/file/docagroqcartilhas/MANDIOQUINHASALSA-BAROA.pdf https://wp.ufpel.edu.br/nnugs/2016/06/27/saiba-mais-sobre-a-vitamina-a/ http://files.bvs.br/upload/S/1413-9979/2010/v15n2/a69-70.pdf https://aps.saude.gov.br/ape/pcan/b1 https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/2020/05/12/saiba-como-usar-a-vitamina-c-a-favor-da-imunidade/ https://www.saude.go.gov.br/images/imagens_migradas/upload/arquivos/2016-07/fibras---por-que-consumi-las.pdf
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