As algas marinhas ficaram conhecidas mundialmente por seu papel na culinária asiática, principalmente a japonesa, que ganhou um lugarzinho todo especial no coração dos brasileiros: seja para um rolê com os amigos ou um date, sushi ou temaki são sempre uma boa pedida! Para além do sabor inconfundível, as algas marinhas possuem uma função fundamental para a vida em nosso planeta, e ainda são altamente nutritivas. Quer entender mais sobre o assunto e descobrir quais benefícios esses alimentos podem apresentar para a saúde? Então, fique conosco até o final deste artigo!
Algas marinhas: o que são?
Por terem um aspecto diferente dos alimentos que costumam fazer parte da rotina alimentar brasileira, pode ser um pouco difícil entender em qual classificação elas se encaixam. Seriam vegetais? Hortaliças ou alguma espécie de ser vivo dos mares? De modo geral, elas podem ser classificadas como plantas marinhas, e relacionadas com os vegetais por algumas características em comum, como o fato de realizar fotossíntese – o que leva muitos especialistas a acreditar que grupos de algas podem ter dado origem às plantas terrestres.
Existem mais de 10 mil espécies de algas marinhas no oceano. As mais conhecidas (e seus benefícios) são:
- Nori: essa é a alga mais comum da comida japonesa, sendo utilizada no preparo de sushis e outros pratos típicos. In natura, seu aspecto é arroxeado e sua consistência é gelatinosa; mas, após a desidratação, ela passa a apresentar um tom esverdeado e textura crocante;
- Kelp: geralmente encontrada em flocos, possui um pigmento verde-escuro e costuma ser utilizada no preparo de caldos e sopas;
- Wakame: esse tipo de alga tem um sabor levemente adocicado. Costuma ser utilizada no preparo do tradicional sunomono, salada japonesa feita com pepino e gergelim;
- Kombu: geralmente, a alga kombu é utilizada no preparo do caldo Dash, que é rico em umami – o nome que se dá a um sabor característico que, ao lado de doce, azedo, salgado e amargo, compõe os cinco sabores principais;
- Spirulina: microalga rica em proteína, comumente utilizada para suplementação e produção de produtos estéticos;
- Ágar-ágar: de todas, essa é a alga mais comum em território brasileiro. Ela costuma ser produzida no Nordeste do país, sendo uma de suas principais utilidades a preparação de gelatinas livres de componentes de origem animal.
Curiosidade
As algas marinhas são o verdadeiro pulmão do mundo
Apesar de a Floresta Amazônica ser essencial para a produção de oxigênio e absorção do carbono que iria para a atmosfera, as algas têm um papel essencial e são responsáveis pela produção de cerca de 54% do oxigênio produzido no mundo, segundo dados do Instituto Brasileiro de Florestas. Caso elas deixassem de existir, muitas espécies desapareceriam por falta de oxigênio e a temperatura da terra subiria consideravelmente.
Algas marinhas: quais são os benefícios?
Além de caírem bem em sushis, temakis e outras receitas orientais deliciosas, as algas também são uma ótima pedida para a saúde, pois são ricas em diversos nutrientes que oferecem uma série de benefícios. Confira abaixo!
São ricas em iodo
O iodo é um nutriente essencial para a saúde. Em nosso organismo, ele age na síntese de hormônios produzidos pela tireóide, glândula localizada na parte frontal do pescoço. Esses hormônios têm múltiplas funções, tais quais: atuar no desenvolvimento físico e neurológico, regular o gasto energético e a temperatura corporal. A deficiência de iodo no organismo pode levar a uma série de problemas, como:
- Doença de Bócio (crescimento anormal da glândula da tireóide);
- Em crianças, baixo desenvolvimento cognitivo;
- Hipotireoidismo e seus sintomas (pele seca, ganho de peso e intolerância ao frio);
- Infertilidade.
A deficiência em iodo costuma ser causada pelo baixo consumo de alimentos ricos no nutriente. Uma boa alternativa para evitar o problema é incluir as algas na alimentação, pois o iodo é abundante nelas. Outros ingredientes de origem marinha, como ostras, moluscos e peixes de água salgada, também podem contribuir.
São abundantes em antioxidantes
Os antioxidantes são substâncias que têm a capacidade de proteger as células contra a ação dos radicais livres – componentes que, em grande quantidade, podem provocar o envelhecimento precoce e enfraquecimento da imunidade, bem como distúrbios mais sérios, como artrite, artrose e catarata. As algas marinhas representam uma grande fonte de antioxidantes, podendo contribuir para a prevenção desses problemas de saúde.
Possuem uma variedade de nutrientes
Embora o conteúdo nutricional varie de acordo com a espécie de alga marinha e com a região em que é encontrada, a maioria possui uma variada gama de vitaminas e minerais que fazem bem para a saúde, como:
- Vitaminas do complexo B: exercem múltiplas funções, como auxiliar na produção de energia, na manutenção do sistema nervoso, na saúde da pele, dos cabelos e do intestino;
- Vitamina C: essa vitamina vai muito além da imunidade! Ela contribui para a produção de colágeno, auxilia na absorção de ferro e atua na formação dos ossos e tecidos;
- Vitamina E: é um poderoso antioxidante que ajuda a prevenir doenças do coração, a melhorar a pele e a imunidade;
- Vitamina K: estimula o processamento das proteínas no organismo e auxilia na coagulação do sangue;
- Cálcio: é o mineral mais abundante no organismo. É essencial para a formação e fortalecimento de ossos e dentes;
- Potássio: necessário para o funcionamento das células, o potássio auxilia na contração muscular. Sua falta pode levar a câimbras e dores musculares;
- Manganês: auxilia no metabolismo de aminoácidos, carboidratos e colesterol. A falta desse nutriente pode levar a descontrole nos níveis de açúcar no sangue e diabetes tipo 2;
- Ferro: o ferro é essencial para o transporte do oxigênio para todos os órgãos e tecidos, Além disso, o nutriente auxilia no reparo das células e na produção de energia.
Como obter os benefícios das algas marinhas?
É possível obter os benefícios das algas marinhas incluindo-as na alimentação. Para isso, você pode preparar receitas nas quais o ingrediente é o protagonista – ou utilizá-lo como acompanhamento, assim como fazem os japoneses. Confira algumas sugestões:
- Udon com Lombo Suíno: Udon é um tipo de macarrão um pouco mais grosso, similar ao lámen. Nesta versão, ele é servido com um caldo de shitake e shoyu, lombo suíno, espinafre e alga nori temperada;
- Arroz Japonês: essa receita pode servir de acompanhamento para qualquer proteína que você desejar. E caso queira saboreá-la individualmente, a recomendação é fazer trouxinhas de nori recheadas com arroz e aproveitar;
- Sunomono: equilibrada em acidez e doçura, esta é uma receita tradicional de salada japonesa feita com pepino fatiado bem fininho, acompanhado de vinagre de arroz, shoyu e sementes de gergelim. Cai bem acompanhada de arroz japonês (gohan);
- Tamagoyaki: é um tipo de omelete japonesa feita com ovos fritos enrolados em diversas camadas enroladas. Nesta versão, o recheio é feito com cheiro verde e muçarela, mas vale a pena acrescentar algumas folhas de nori;
- Okonomiyaki: okonomi significa “o que você quer” e yaki, “grelhado ou frito”. Ou seja, para esta receita, você pode preparar o recheio que preferir e fritar a panqueca da forma que quiser. Nossa sugestão é fazer a massa com repolho fatiado, cebolinha, gengibre e maionese, e depois adicionar, é claro, algumas folhinhas de nori.
Com essas dicas, você poderá fazer a sua própria versão das receitas japonesas tradicionais e ainda aproveitar todos os benefícios que as algas marinhas podem oferecer para a saúde. E se você quiser conhecer mais dicas para manter uma vida saudável com muita qualidade, não deixe de conferir as demais publicações aqui no Que Bem que Faz!
Perguntas frequentes
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Quem é vegano pode comer alga marinha?
Sim! As algas são plantas marinhas e ótimas alternativas de ingredientes para para dietas veganas, pois são muito ricas nutricionalmente. Além disso, algumas espécies costumam ser utilizadas para adaptar receitas que usualmente são feitas com ingredientes de origem animal – como é o caso da gelatina, que passa a ser feita de ágar-ágar.
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Do que as algas marinhas se alimentam?
As algas são plantas autotróficas, ou seja, produzem seu próprio alimento. Assim como as plantas terrestres, elas realizam o processo de fotossíntese, em que a energia luminosa é utilizada para a produção de energia.
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Como recuperar nori que ficou borrachuda?
Depois de alguns dias, é comum que a nori perca a consistência crocante que tanto gostamos. Nesse caso, você pode passá-la por uma chama, de fogão ou isqueiro, ou colocá-la em uma frigideira, virando sempre para não queimar. Com isso, ela voltará à textura original.
Fontes
http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252019000200016#:~:text=O%20iodo%20%C3%A9%20um%20elemento,dos%20seres%20humanos%20%5B1%5D. https://www.scielo.br/j/rbfar/a/3VmyJ5wr9PB3bkVpXR5TyLP/?lang=pt#:~:text=As%20algas%20marinhas%20representam%20uma,de%20defesas%20antioxidantes%20bem%20desenvolvidos.
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