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Um casal de idosos se encara, sentados no sofá de uma casa.

Alzheimer e alimentação: tudo o que você precisa saber

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Atualizado em  novembro 2023

Não é mais segredo para ninguém que uma boa alimentação é chave para o bem-estar e uma vida saudável. Os alimentos certos, além de ajudar a reduzir o risco para doenças degenerativas, podem desacelerar e controlar o seu desenvolvimento no organismo

Neste mês, é realizada a campanha de conscientização Fevereiro Roxo, que informa sobre doenças crônicas como o Lúpus Eritematoso Sistêmico, Fibromialgia e o Alzheimer. O objetivo é alertar a população sobre a importância da prevenção dessas condições.

Todas as doenças da iniciativa do Fevereiro Roxo trazem uma coisa em comum: elas ainda não possuem cura. Esse fato reforça os cuidados necessários com a prevenção e para que seja possível manter uma boa qualidade de vida quando a doença já está instalada.

Apesar de ser uma doença sem cura e com rápida evolução, o Alzheimer pode ter sua evolução retardada, e é sobre isso que falaremos neste artigo. Acompanhe a seguir! 

 

O que é o Alzheimer?

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa associada a perda cognitiva, alterações comportamentais e declínio da capacidade funcional. Algumas dessas alterações mais comuns incluem:

  • Mudanças de humor (irritabilidade, ansiedade, depressão);
  • Desorientação;
  • Alterações no sono;
  • Dificuldade de comunicação;
  • Comportamento repetitivo;
  • Perda de memória;
  • Dificuldade em interagir com outras pessoas, etc.

Essa doença que atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo todo, segundo o Alzheimer's Disease International, tem como principais sintomas a falta de memória recente e desorientação. 

O que causa o Alzheimer?

Ainda não foram descobertas as causas específicas da doença, mas profissionais acreditam que ela seja geneticamente determinada

De modo geral, o Alzheimer começa a dar sinais em pessoas mais idosas quando certas proteínas do sistema nervoso são processadas de forma incorreta, formando fragmentos mal cortados e tóxicos dentro e entre os neurônios. 

Consequentemente, há uma perda progressiva de neurônios em algumas áreas do cérebro, como o hipocampo, responsável pelo controle de memórias. E também no córtex cerebral, responsável pelas capacidades de movimentos voluntários, pensamentos, linguagem e percepção.

O Alzheimer e a alimentação

Considerando o impacto que causa na saúde pública global e por ainda não possuir uma cura, profissionais buscam constantemente informações sobre como a alimentação pode contribuir de forma positiva para a saúde e qualidade de vida de pessoas com Alzheimer, retardando-o e prevenindo-o. 

Uma pesquisa realizada pela American Academy of Neurology, publicada em seu jornal médico Neurology, constatou que a falta de uma dieta saudável pode estar diretamente relacionada com um aumento dos riscos de demência. 

Claro que não existem alimentos milagrosos, mas a ciência tem visto que a inclusão de determinados tipos de alimentos nos hábitos alimentares pode proporcionar benefícios para pessoas com Alzheimer.

Quais alimentos ajudam a prevenir o Alzheimer?

Existem alimentos que podem reduzir a neuroinflamação e melhorar a capacidade cognitiva e atividade cerebral.

Um estudo realizado com 2800 participantes, publicado no American Journal of Clinical Nutrition, relatou que alimentos ricos em flavonoides reduzem o risco de desenvolver a Doença de Alzheimer. Os pesquisadores verificaram que os participantes que consumiam mais flavonoides tinham 48% menos chance de ter a condição. 

Portanto, frutas vermelhas como amora, morango, ameixa e framboesa podem ser uma boa opção para reduzir os riscos de alzheimer, por serem fontes ricas de flavonoides.

Além disso, alguns alimentos com o potencial de retardar o desenvolvimento da condição são:

  • O abacate é uma excelente fonte de ômega 3, 6 e 9, além de vitamina E, um ótimo antioxidante que ajuda células de todo o corpo, inclusive nas áreas cerebrais;
  • Peixes são ricos em ômega 3, um componente essencial para a comunicação entre os neurônios, beneficiando, principalmente, as áreas responsáveis pela memória e aprendizado;
  • Carnes brancas, como frango. Essas opções são ricas em vitamina B, especialmente nas vitaminas B6, B9 (ácido fólico) e B12, nutrientes importantes na produção de neurotransmissores essenciais para função cognitiva;
  • Folhas verde-escuras são ótimas para ajudar na prevenção de doenças cerebrais, como o Alzheimer, devido a alta concentração de folato (vitamina B9),  fundamental para a função cerebral, mantendo e melhorando a capacidade cognitiva e a saúde mental.

Alguns estudos também afirmam que as dietas baseadas no estilo mediterrâneo são as melhores quando o assunto é prevenção do Alzheimer, uma vez que incluem  alimentos como:

 

Quais alimentos devem ser evitados?

Para diminuir os riscos de desenvolver a doença, além de incluir os alimentos citados neste artigo, pesquisadores também não recomendam o alto consumo de  alimentos ou bebidas com muito açúcar e carnes processadas, como bacon, salsicha e presunto, no dia a dia. 

Uma má alimentação, com excesso de gorduras trans principalmente, pode aumentar os riscos de inflamação, acúmulo de placas no cérebro e prejudicar a memória. Por isso, para prevenção do Alzheimer, também evite os seguintes alimentos:

  • Alimentos com alto teor de gordura saturada, como manteiga, banha de porco, carnes muito gordurosas, etc;
  • Alimentos com alto teor de açúcar, como refrigerantes e doces, etc;
  • Excesso de sal e sódio;
  • Frituras.

Qual a melhor alimentação para idosos com Alzheimer?

Nos estágios um pouco mais avançados do Alzheimer, os idosos podem demonstrar falta de apetite, mas nem sempre é porque não estão com fome. Distrações, esquecimentos e muitas opções de comida são alguns dos motivos que dificultam que pessoas diagnosticadas se alimentem adequadamente. 

A seguir, acompanhe algumas dicas para essas situações e opções para montar um cardápio para idosos com Alzheimer:

  • Limite as distrações, tanto do prato quanto do ambiente. Sirva as refeições em locais silenciosos, sem televisão, rádio ou outras pessoas conversando;
  • Utilize somente utensílios necessários, como o prato, o garfo, faca ou colher;
  • Verifique a temperatura da comida, pois às vezes pessoas com demência em estados mais avançados podem não conseguir distinguir se algo está muito quente ou muito frio;
  • Seja paciente e ofereça uma comida de cada vez. Muitas vezes, pessoas com Alzheimer podem gostar e rejeitar a mesma comida em um período curto de tempo, então seja paciente e flexível e aceite a opinião da pessoa. Além disso, para evitar distrações ou questionamentos, ofereça um alimento de cada vez, aos poucos.

Com essas dicas, ficou mais fácil construir uma rotina de alimentação saudável para retardar a evolução do Alzheimer. Se você convive com alguém diagnosticado, os pontos de atenção são essenciais para garantir uma vida com mais qualidade e bem-estar. 

Por fim, ressaltamos a necessidade da busca de um especialista de saúde para estes casos. Este profissional sempre será a pessoa mais capacitada para montar um cardápio para idosos com Alzheimer. 

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Perguntas frequentes

Qual a melhor alimentação para idoso com Alzheimer? 

Uma alimentação com refeições completas, mas simples. Entenda o que a pessoa gosta dentro da lista de alimentos recomendados para pessoas com Alzheimer e ofereça um por vez. Incluir na  alimentação nutrientes como ômega 3 e vitamina E, junto com hábitos saudáveis, pode contribuir para o controle do quadro.

Quais alimentos podem ajudar a prevenir Alzheimer? 

Peixes, carnes brancas magras, frutas vermelhas, folhas verde-escuras, grãos, castanhas e vegetais são alimentos que contêm nutrientes relacionados com a prevenção do mal de Alzheimer. É essencial lembrar que nenhum alimento é capaz de prevenir doenças, e seu consumo deve estar aliado a um estilo de vida saudável. 

O que uma pessoa com Alzheimer pode comer?

Uma pessoa com Alzheimer pode se alimentar da maioria das coisas, só é recomendado evitar alimentos com alto teor de gordura saturada, alto teor de açúcar, alto teor de sódio e frituras.


 

Referências

When Someone With Alzheimer's Won't Eat or Drink. WebMD, 2022.

These Foods Can Increase Your Alzheimer's Risk. Healthline, 2020.

What to eat to reduce your risk of Alzheimer’s disease. Harvard Health, 2020.

Changes in eating habits and food preference. Alzheimer's Society, 2020.

Alzheimer's Risk Reduced by Apples and Other Foods with Flavonoids. Healthline, 2020.

Long-term dietary flavonoid intake and risk of Alzheimer disease and related dementias in the Framingham Offspring Cohort. The American Journal of Clinical Nutrition, 2020.

Using network science tools to identify novel diet patterns in prodromal dementia. Neurology Journal, 2020.

Food & Eating. Alzheimer's Association, 2018.

Shah, Raj C. Medical Foods for Alzheimer’s Disease. Rush University Medical Center, 2011.

Doença de Alzheimer. Biblioteca Virtual em Saúde MS, 2011.

O QbemQfaz é um portal de conteúdos sobre saúde, nutrição, bem-estar e alimentação saudável da Nestlé. Os conteúdos desse site têm caráter informativo e não substituem o aconselhamento e acompanhamento médico, nutricional e de outros profissionais de saúde.